segunda-feira, 22 de setembro de 2014

TODOS QUEREM SER WINSTON SMITH



     Winston Smith, personagem de “1984”, romance de George Orwel resume o ideal de muitos homens e mulheres.
     A personagem que deixou os anos de sua meia-vida ir pelo ralo, o atrito desgastante da rotina de alguém que deixa o tempo passar.
     Esposa nem sabe como perdeu, não faziam mais falta um para o outro, fim do amor e da paixão somada em uma solidão a dois resulta em desapego, desimportância e até mesmo deselegância.
     Além do cigarro e gim “Vitória”, Smith não tinha muito que fazer ou desejar.
     Pessoas ditas normais, pertencentes à base de nossa pirâmide social como Winston, encontram-se na mesma situação de impotência.
     Ao contrário do personagem de Orwel, estas pessoas possuem  entretenimentos ,vontade de consumo, TV, internet,  Celular e cerveja.
     No romance, Orwel faz sua personagem conhecer-se, rebelar-se, sofrer, violentar-se  e esquecer-se.
     TV, internet e celular fazem o mesmo quando usado apenas como entretenimento em demasia. Eles estão engolindo crianças e adultos por horas e horas. Todas elas perdidas em sua quase totalidade.
     Muitos como Winston, tentam subverter o sistema contra as engrenagens opressoras do meio cultural, social e econômico até receberem uma bala no crânio amando o Grande Irmão.



Um comentário:

Luma Rosa disse...

Penso que em uma determinada época, como a que agora estamos vivendo, alguns assuntos são recorrentes e por isso diz-se que uma obra é genial, pois ela é atemporal.
Antes de George Orwel, Erasmo de Roterdão, publicou em 1511 "Elogio da Loucura", é um livro que apresenta a loucura como uma deusa que conduz as ações humanas. Identifica a loucura em costumes e atos como o casamento e a guerra. Diz que é ela que forma as cidades, mantém os governos, a religião e a justiça. Ele critica muitas atividades humanas, identificando nelas mediocridade e hipocrisia. Chego a pensar que George Orwel leu o livro... Ou que desde sempre a raça humana é igual.

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