sábado, 9 de janeiro de 2010

HOJE É O AMANHÃ DO ANO QUE VEM


O Ano que vem começa agora,
Presente justo guardou para ti,
Passado, flor que agora aflora
Essência, mil pedaços reparti.
I

Bela amanhã onde vive hoje,
Dia de ontem que recordarei.
Para amar-te, se preciso fosse,
Faria o inferno virar lei.
I

Nossa fotografia desbotou.
O tempo que faz o belo penar.
Chorando o amor se acabou.
I
Clichê agora é recomeçar.
A roda do tempo nunca parou.
Para dois mil e dez continuar

I

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

VÍDEOPOEMA PERECÍVEL

Nem tudo é para se dizer nesse mundo,

Existem coisas que devem permanecer ocultas.

Caminho adentrando vertigens de nostalgias

Como se percorresse

O caminho de minha morte anunciada.

Como se fosse entrar em um estado

De absoluto esquecimento.

Não existe morte!

Existe esquecimento.

Que são os versos,

Se não passagens do esquecimento?

O vento passa e arrasta as lembranças

Como os rastros das estradas.

Procuro o não-lugar,

Longe do segredo que oculta

A graça da recordação.

Quando se morre,

Começa o esquecimento.

Esqueço de quem fui.

Esquecem o que fiz.

Esqueço de quem fez.

Comungo com os sais minerais

Em um nivarna microscópico,

Entornando o húmus

Que ira alimentar a vida

Dos que ficam.

Aqueles que não lembro mais.

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