Por mais que pareça
insano, a teoria da “boca de jacaré”, aventada por Leonel Brizola, ganha
ares de confirmação científica.
A teoria propagada pelo velho caudilho consistia em
esclarecer os procedimentos do poder da elite (casa grande) em manipular as
pesquisas e dar uma sensação de derrotismo aos candidatos que oscilem um
pouquinho para a esquerda.
Quando candidatos indesejados pela casa grande, no caso as
coligações que andam com o partido dos trabalhadores, o PT, ficam bem
posicionados na pesquisa, a “boca de jacaré” joga dados quase fictícios para a patuleia
absorver sem questionar.
O método é simples. No início da corrida eleitoral as
pesquisas favorecem os candidatos palatáveis para a burguesia, mesmo não sendo
realidade, muitos tendem a acreditar e confirmar esses números por querer ter
um voto útil, ou seja, votar em um vencedor.
José Bonifácio Sobrinho, o Boni da rede Globo, assumiu
utilizar esse recurso nas eleições para governador de Brizola e nas
presidenciais entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva. Por motivos
óbvios a Globo e as Elites burra e fascista brasileira escolheram Collor e o
opositor de Brizola.
Utilizaram o mesmo recurso com Marina Silva e Aécio Neves
para diminuir a rejeição do primeiro, dividir os possíveis votos para Dilma
Roussef e assim garantir pelo menos um segundo turno.
No início da campanha presidencial com Marina na cabeça de
chapa, os números favoreciam ela e até mesmo ventilava-se ela vencer com folga
no segundo turno. Conforme chegava perto do dia do pleito os números foram
ficando realistas e até a improvável “virada” de Aécio surgiu e a população não
achou estranho esses números que nunca
oscilaram mudar abruptamente.
É claro que as pesquisas e os noticiários tupiniquins
exaltavam esses números e muitos incautos acreditaram neles até o dia da
eleição. Uma improvável vitória seria lucro, mas a direita ainda aposta na
burrice do povo pobre para retomar o poder.