É possível afirmar que as empresas de radio, televisão e
jornal, enfim a mídia nacional tende a ser cooptada pelo poder federal. Não há
ideologia nos negócios.
Assis Chateaubriand idealizou a televisão brasileira de
elite para as elites e, para as massas, o acesso ao aparelho viria na
velocidade da democracia após 1964, lenta e gradual.
Mesmo não sendo Chateaubriand a pessoa que recebeu os
dividendos por tal investimento, a idealização da T.V elitizada se confirmou. O
ideal branco e rico.
Um observador atento poderá perceber esse fetiche ariano na
T.V brasileira ainda nos dias de hoje.
Lógico que hoje temos uma inegável diversidade, fruto de
lutas das categorias alijadas do processo de pertencimento e de consumo que o
veículo deve propor.
Mesmo sabendo que os outros grupos sociais e étnicos seriam
a solução para suprir uma demanda reprimida de consumo, a mídia brasileira,
principalmente a televisão, relutou em dar acesso a tais grupos.
Adaptando-se a nova realidade, a T.V não mais utiliza de
artifícios para “vender” seu candidato à presidência. Coisa que fez até a
segunda eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (Lula).
Com Fernando Collor de Mello (Collor) e Fernando Henrique
Cardoso (FHC) o candidato oferecido fora comprado pela patuleia (Nós).
A fórmula mostrou-se desgastada com José Serra e Geraldo
Alckimim. Ambos por não possuir carisma, coisa que Lula tem de sobra. Mídia
vende, mas não faz milagres.
Em 2014 pode-se notar um tom menos agressivo ou até amistoso
com o governo e oposição. O popular “lavar as mão como Pilatos”.
Essa atitude tem várias Razões óbvias, entre elas a de que
após três mandatos petistas mídia e governo já tenham muitos interesses em comum.
A outra se refere aos anos que a direita foi companheira da mídia brazuca e uma
vitória desta seria a volta dos bons tempos.
Para a mídia brasileira a eleição presidencial tem o
seguinte cenário: quem vencer que vença.