terça-feira, 23 de março de 2010

NOA


Mais uma vez inicia minha noa.

Noctâmbulo nas grafias que jazem

No sepulcro das palavras.

Almejo vislumbrar

No criado-mudo de Hades,

Línguas mortas, desvarios psicossomáticos

De corpos esquecidos,

Dissipados na cinza do tempo.

Tempo, meu caro tempo...

Díscolo, dissimulado incentivador das

Dismnésias

Dos sicofantas.

Renegados do passado,

Heróis do futuro

No presente de hoje,

Passado de amanhã

Tornando-o agora

Pretérito do futuro

Onde,

Tudo passa,

Lava e melhora.

Mas não limpa.

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