quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tempo de ausência infinita que apavora




Para ricardo Guilherme Dicke



O tempo de uma ausência infinita
Que apavora o poeta,
Deixa um pântano de ostracismo.
Afoga-se no lamaçal
De seus sábios pensamentos,
Que é apenas compreendido
Por um coveiro.
Este perfeito poeta
Que executava o melhor
Préstimo aos homens,
Fazer covas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

HORAS


O tempo faz os relógios

Transcorrerem as horas,

Subvertendo cada segundo

Em destruição.

Consome a putrefação da carne

Etérea das almas.

Transcende a matéria

Em cada badalada.

Súbito de horror

Percorre a espinha da razão,

Faz-me saber que pereço

A cada hora.

Horas não param!

Quando as pálpebras da vida

Fecharem-se sobre os olhos da morte,

O relógio estará no mesmo lugar:

Sisudo, imponente e indiferente perante

O último sopro de vida.

As horas se sucedendo às horas

No perene girar de seus ponteiros

Que marcam relogiosas horas.

Hora da vida.Hora da morte.

Em torno das horas.

Ora bolas!

Isso são horas?

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