quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

CHÃO DE RIMAS (quase um Rondel)


Caminhava como se pisasse em rimas.
Palavras, meu cristal sensível ao mais ínfimo toque.
Desprovera-me de tentadores sofismas,
Didáticas, desprezíveis diante de meu berloque.

Mandalas, para minha alma exigem um chaboque.
Percebeu-se os saberes de minha sina.
Caminhava como se pisasse em rimas,
Palavras, meu cristal sensível ao mais ínfimo toque.

Segui pelo breu no vale das utopias
Espadas, minha língua buscando grafar seu enfoque.
Interrompera-se prazeres de menina,
Ciladas, primeiro amor que termina em remoque.
Caminhava como se pisasse em rimas.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ALGUÉM SE HABILITA?


Quem ousaria abrir sua vida como um livro?
Quem permitiria expor delitos e delicias,
Como roupa suja esquecida pelo chão?

Não, isso não pode fazer sentido.
A beleza consiste na falta de revelação.
A descrição é feita com perícia.

Para solidão é necessário dedicação.

Dedicado marinheiro sou nessa nau de desídias.

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