Nunca esperava encontrar algo,
Justo no momento
Em que tudo estava perdido.
Não estava mais na ativa,
Sentia-me um poeta de nada.
A pena resoluta em seu silêncio,
Nunca mais sorriu.
Forçá-la era esforço em vão.
Conformei-me com tal situação,
Pois, o que um não quer,
Dois nunca farão.
Mas eis que por coincidência,
Ela resolve abandonar seu silêncio,
Sair de sua inércia,
E dançar pelo salão da pauta
Em uma brochura tão clara,
Quanto o plenilúnio de março.
Dançava como uma deusa
E disse-me ao pé do ouvido:
Coisa mais certa nessa vida,
É o acaso.
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