segunda-feira, 6 de outubro de 2014

BOCA DE JACARÉ



        Por mais que pareça  insano, a teoria da “boca de jacaré”, aventada por Leonel Brizola, ganha ares de confirmação científica.
        A teoria propagada pelo velho caudilho consistia em esclarecer os procedimentos do poder da elite (casa grande) em manipular as pesquisas e dar uma sensação de derrotismo aos candidatos que oscilem um pouquinho para a esquerda.
       Quando candidatos indesejados pela casa grande, no caso as coligações que andam com o partido dos trabalhadores, o PT, ficam bem posicionados na pesquisa, a “boca de jacaré” joga dados quase fictícios para a patuleia absorver sem questionar.
       O método é simples. No início da corrida eleitoral as pesquisas favorecem os candidatos palatáveis para a burguesia, mesmo não sendo realidade, muitos tendem a acreditar e confirmar esses números por querer ter um voto útil, ou seja, votar em um vencedor.
       José Bonifácio Sobrinho, o Boni da rede Globo, assumiu utilizar esse recurso nas eleições para governador de Brizola e nas presidenciais entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva. Por motivos óbvios a Globo e as Elites burra e fascista brasileira escolheram Collor e o opositor de Brizola.
       Utilizaram o mesmo recurso com Marina Silva e Aécio Neves para diminuir a rejeição do primeiro, dividir os possíveis votos para Dilma Roussef e assim garantir pelo menos um segundo turno.
       No início da campanha presidencial com Marina na cabeça de chapa, os números favoreciam ela e até mesmo ventilava-se ela vencer com folga no segundo turno. Conforme chegava perto do dia do pleito os números foram ficando realistas e até a improvável “virada” de Aécio surgiu e a população não achou estranho esses  números que nunca oscilaram mudar abruptamente.
       É claro que as pesquisas e os noticiários tupiniquins exaltavam esses números e muitos incautos acreditaram neles até o dia da eleição. Uma improvável vitória seria lucro, mas a direita ainda aposta na burrice do povo pobre para retomar o poder.



2 comentários:

Luma Rosa disse...

Um jogo arriscado para um Brasil que sofre de amnésia criminosa. Leonel Brizola queria fazer auditoria na Rede Globo, já no governo petista a autocrítica pública foi abandonada. Um partido que se tornou vaidoso e que os seus agregados competem entre si. A desunião se percebe na atual campanha eleitoral e a "síndrome do coitadismo" não funciona mais.

Luma Rosa disse...

Ia me esquecendo...
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